ENSINO Data de Publicação: 22 out 2018 13:30 Data de Atualização: 28 ago 2019 15:41
O Câmpus São Miguel do Oeste comemora a notícia recebida na semana que passou: o curso superior de Tecnologia de Alimentos recebeu a nota máxima do Ministério da Educação (MEC).
Dois avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estiveram no IFSC nos dias 1 e 2 de outubro. O relatório preliminar deles, com as avaliações de três quesitos, foi divulgado nos últimos dias. A organização didático-pedagógica do curso recebeu nota 4,39; o Corpo Docente e Tutorial ficou com a média 4,81; e a Infraestrutura com nota 4,56. Ao final, Tecnologia em Alimentos apresentou conceito 4,61, que está enquadrado na faixa de conceito 5, nota máxima.
"O curso superior de Tecnologia em Alimentos é o primeiro curso de graduação do Câmpus São Miguel do Oeste e o resultado da avaliação do INEP demonstra o comprometimento da instituição com a formação de profissionais altamente capacitados e preparados para atuarem na área de alimentos", comemora a coordenadora Stefany Arcari.
A aluna Aline Balbinot, do 4º semestre, concorda. Apesar de estar no segundo de cinco anos de curso, a estudante já consegue atuar na empresa da família, produzindo queijo colonial. “Consigo aplicar a maioria dos conhecimentos obtidos, na parte de industrialização, controle de qualidade, empreendedorismo, marketing, e vários outros”, cita.
O conhecimento de Aline também se deve ao fato de ela ter cursado no próprio câmpus o Ensino Médio com o Técnico em Alimentos(inscrições aqui). “Eu acompanho os passos da instituição há mais de cinco anos e o conceito cinco no MEC foi um processo construtivo. Me sinto muito orgulhosa em fazer parte de um curso superior de uma instituição federal tão renomada. E isso possibilita que eu não precise sair de casa para cursar uma graduação em uma instituição de qualidade”, afirma a estudante que mora em Guaraciaba, cidade vizinha a São Miguel do Oeste.
O estudante Evandro Zenaro, faz questão de utilizar a palavra “excelente” para descrever a graduação. Ele gostou tanto que influenciou a filha Renatha a cursar também. Atualmente, ele cursa o 6º semestre e ela está no 4º. "Fiquei 20 anos sem estudar e consegui voltar. Foi o que sempre procurei. Minha filha também ama o curso. Ele abre portas para quem ainda está cursando, imagina quando nos formarmos”, afirma.
Evandro também acredita que a comunidade em geral só tem a ganhar, pois terá profissionais de qualidade “já que os professores têm ótima formação e exigem dedicação dos alunos, e a estrutura física oferecida pela IFSC também é excelente”.
Além da sala de aula, Evandro tem a oportunidade de participar da Comissão Própria de Avaliação (CPA), o que inclusive o fez ter contato com os avaliadores do Inep. Já a estudante Aline Balbinot foi bolsista de projetos de pesquisa e extensão, como o projeto Rondon e no mês de novembro vai para Goiás, na operação Extensão Brasil. “Também temos o projeto permanência e êxito, que trabalha a parte social, auxiliando a nos formarmos seres humanos pensantes dentro de uma profissão, cidadãos críticos e ativos na sociedade”, lembra.
Foram principalmente as oportunidades extra-classe que também encantaram Mariana Demarco. Formada na primeira turma do curso, ela teve a oportunidade de participar do Propicie, o programa de Intercâmbio do IFSC, e ficou três meses em Portugal, em 2014. A pesquisa desenvolvida em outro país e outras inúmeras produzidas no próprio câmpus, durante a graduação, auxiliaram para fortalecer o aprendizado de Mariana e fazê-la chegar ao Mestrado da UFSC em Ciência dos Alimentos.
“Após concluir o curso superior, eu ingressei direto no Mestrado e, essa conquista, com certeza foi fruto do que aprendi e do que foi repassado a mim durante esses anos no IFSC. Eu tenho inúmeros benefícios pra citar sobre o curso de Tecnologia em Alimentos, mas um ponto muito forte é o incentivo à pesquisa, além da inigualável preparação e dedicação dos professores com o curso e com os alunos”, destaca.
Conheça mais sobre o curso
O curso superior de Tecnologia em Alimentos, ofertado no Câmpus São Miguel do Oeste do IFSC, possui nove laboratórios específicos para formação do profissional Tecnólogo em Alimentos: Laboratório de Vegetais e Panificação, Leites e Derivados, Carnes e Derivados, Microscopia, Biotecnologia, Microbiologia, Bromatologia, Análise Sensorial e Análise Instrumental.
Esse último conta com equipamentos sofisticados para análise de alimentos, como texturômetro, cromatógrafo líquido de alta eficiência e cromatógrafo a gás. Além disso, 60% do corpo docente possui formação em nível de doutorado e, os 40 % restantes, em nível de mestrado. E mais de 60% dos docentes do curso possuem experiência na indústria, nas áreas de controle de qualidade, produtos cárneos, produtos lácteos, bebidas, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e microbiologia.
O curso tem como objetivo formar profissionais capacitados para desempenhar atividades no processamento de alimentos e bebidas, com foco na concepção e difusão de tecnologias, gerenciamento do processo de produção, incremento da capacidade empreendedora, comprometimento com o desenvolvimento regional sustentável e com a redução do impacto ambiental.
A graduação é ofertada no período noturno, com 2.400 horas de aulas, das quais parte da carga horária é a distância. O curso pode ser realizado no período mínimo de 3 anos e máximo de 6 anos, contando com 250 horas de estágio curricular obrigatório, 200 horas de Trabalho de Conclusão de Curso e 150 horas de Atividades Complementares. São ofertadas 40 vagas anuais, com ingresso no primeiro semestre letivo, por meio do Sisu.