ENSINO Data de Publicação: 06 jun 2025 10:22 Data de Atualização: 13 jun 2025 19:10
Para Alex Stokmann, de 39 anos, o Câmpus Caçador do IFSC representa muito mais do que uma instituição de ensino: é uma segunda casa, uma porta para o crescimento pessoal e profissional – e, agora, também o espaço onde vê seu filho, Allan, de 20 anos, trilhar o próprio caminho. A história dos dois revela o impacto que a educação pública tem na vida das pessoas, e como o IFSC cumpre sua missão de transformar realidades.
Natural de Caçador e atualmente trabalhando como soldador de manutenção na empresa Adami S/A, Alex iniciou sua relação com o IFSC em 2016, quando conheceu a instituição pelas redes sociais. “Vi uma postagem sobre o curso técnico em Eletromecânica, me inscrevi, fui sorteado e comecei naquele mesmo ano. Concluí em 2017”, relembra.
A busca por qualificação surgiu do desejo de crescer profissionalmente. Segundo Alex, o curso de Eletromecânica lhe abriu portas, uma vez que a empresa exigia uma formação técnica na área para a vaga que almejava. “Eu queria aumentar meu conhecimento, especialmente na parte de manutenção, e melhorar minhas chances na indústria. Então, estudar no IFSC permitiu desenvolver minhas habilidades e colocá-las em prática no meu trabalho. Foi uma experiência que agregou muito à minha vida e continua agregando até hoje", destaca.
Logo depois, Alex também ingressou no curso técnico em Logística. “Na época, eu estava em casa e pensei: vou olhar no site do IFSC se há outro curso que me interesse. Vi Logística, me inscrevi e gostei muito. A gente aprende bastante sobre organização, planejamento, demanda, 5S [metodologia japonesa para aperfeiçoamento de gestão no trabalho]... vários conteúdos que somaram conhecimento à minha área”, avalia.
Mas o caminho não parou por aí. Motivado pelos próprios professores do curso de Logística, Alex decidiu dar mais um passo e hoje é estudante da graduação em Engenharia de Produção. “Eles me incentivaram bastante. Conversamos sobre o curso, vi que era mais focado na minha área e decidi tentar”.
Rotina puxada, mas com propósito
Conciliar os estudos com a rotina intensa de trabalho é desafiador. “Levanto às cinco da manhã, passo o dia todo na empresa, chego em casa no fim da tarde e logo vou para o IFSC. As aulas vão até quase 11 da noite, e ainda temos trabalhos, apresentações, leituras que precisam ser feitos, muitas vezes no fim de semana. É corrido, exige bastante esforço. Mas, com força de vontade, a gente vai seguindo. Eu penso no futuro, numa renda melhor, numa vida melhor”, explica Alex.
É essa determinação que inspira o filho Allan Ribeiro Stokmann, aluno no curso superior de Sistemas de Informação. A escolha do curso foi natural: “Sempre me interessei muito por essa área. E como meu pai já tinha feito outros cursos no IFSC e sempre falava da qualidade do ensino, isso influenciou na minha decisão”, conta Allan.
Quando o pai se inscreveu para o curso de nível superior, percebeu que havia uma vaga remanescente em Sistemas de Informação e, sabendo do interesse do filho pela área, indicou para que também se candidatasse. Ambos se inscreveram e foram sorteados. "Não fizemos vestibular, resolvemos tentar as vagas remanescentes. Fomos sorteados já na primeira chamada e iniciamos o semestre confiantes", diz Alex.
Compartilhando experiências dentro e fora da sala
Agora, pai e filho dividem não apenas o mesmo teto, mas também as experiências como estudantes do IFSC. Allan já conhecia o Câmpus Caçador antes mesmo de se tornar aluno. "Cheguei a fazer algumas visitas ao câmpus quando estava no ensino médio", revela. Segundo o jovem, o que mais surpreende na instituição é a qualidade do ensino. “Minha experiência tem sido boa. A cada disciplina nova, conheço muito mais sobre a área”. Ao ser questionado sobre o que mais valoriza no pai, Allan não hesita: “Admiro muito a dedicação e a força de vontade dele”.
Alex, por sua vez, não esconde o orgulho. Para ele, ver o filho no IFSC é uma realização. "Ele está trilhando o mesmo caminho que eu, também cursando uma graduação, e vai conseguir se formar jovem. É uma grande satisfação, pois a instituição tem professores qualificados, com doutorado, mestrado, um currículo bem vasto. Tem um grande nome e vai abrir portas para ele no futuro. Vai ser uma grande alegria ver ele se formando”, diz.
De acordo com Alex, o IFSC é mais do que um lugar de estudo: é um espaço de transformação. “O IFSC representa uma oportunidade. Para mim, para o meu filho, para tantas pessoas. É uma segunda casa, porque estamos aqui todos os dias, de segunda à sexta – às vezes, até no sábado –, convivendo com colegas, professores, compartilhando a vida”. E completa: “É uma instituição boa, com um ensino gratuito e de qualidade. Espero que cresça ainda mais, abra novos cursos, novas oportunidades, e continue oferecendo tudo isso para a comunidade”.
Histórias como a de Alex e Allan mostram como o IFSC vai além da sala de aula. O câmpus pode ser um espaço de possibilidades, de construção de trajetórias – um lugar que conquista quem nele estuda e quer que os seus também façam parte.