PESQUISA Data de Publicação: 27 set 2021 14:19 Data de Atualização: 29 set 2021 15:20
A técnica de laboratório de edificações do Câmpus São Carlos do IFSC, Simone Aparecida da Silva Souza, publicou, neste último mês, um artigo intitulado “Estudo do uso de detergente no concreto na região Oeste Catarinense”, na edição mais recente do livro Rede Contestado de Educação, Ciência e Tecnologia 2, da Atena Editora. A produção foi em coautoria com Débora Fátima Alberici, professora no curso técnico em Edificações. A pesquisa das duas servidoras iniciou ainda em 2019 com a colaboração de estudantes do primeiro ano do técnico em Edificações integrado ao ensino médio.
O artigo surgiu da necessidade de comprovação de informações chegadas até o Câmpus São Carlos do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), de que todos os pedreiros da região oeste catarinense estariam utilizando detergente na execução do concreto. Durante a pesquisa, a técnica Simone e a professora Débora orientaram os alunos do técnico em entrevistas com 23 pedreiros nas cidades de São Carlos, Palmitos, Saudades e Maravilha, ainda em março de 2020 - antes da pandemia. Os resultados não comprovaram a informação, contudo foram utilizados como dados para a pesquisa.
A sequência do trabalho consistiu em ensaios laboratoriais, que foram detalhados no artigo, para determinar as características do concreto pelo método da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Após a determinação da dosagem, foram executados dois tipos de concreto, um com e outro sem detergente em sua composição. “Ao final dos ensaios e análises, verificou-se que, realmente, o detergente aumenta a trabalhabilidade do concreto, porém diminui sua resistência”, concluíram as autoras.
Conforme a técnica Simone, os estudantes continuaram auxiliando na pesquisa por meio de webconferência, após o início da pandemia de Covid-19. "Nosso intuito foi levar a informação fundamentada em bibliografias e desmistificar estes tipos de experimentos que vemos nas mídias não formais. Também postei vídeos no youtube para que os estudantes pudessem entender como foi feito todo o trabalho. Como sou a técnica do laboratório, eu fazia os ensaios nos materiais enquanto a professora explicava a teoria para os discentes”, enfatiza. O estudo foi aprovado e desenvolvido com recurso financeiro do edital 31/2019, da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Proppi) do IFSC.