EVENTOS Data de Publicação: 23 mai 2018 09:59 Data de Atualização: 23 mai 2018 10:22
Sair da zona urbana, ir para o campo e investir em produtos orgânicos foi o que fez Luana Pires da Silva, vencedora do Prêmio IFSC 2018, concedido pelo Câmpus Lages, na categoria Tecnologia, Empreendedorismo e Inovação. A ex-aluna do curso técnico em Agroecologia contou essa experiência em palestra no Fórum de Tecnologia, Empreendedorismo e Inovação (Fortei), realizado semana passada no Câmpus Lages.
“Tudo começou quando tivemos que fazer um projeto integrador pro curso. Eu queria terminar o curso e começar a trabalhar, então pensei em um projeto que pudéssemos já iniciar um negócio”, relembra. Projeto integrador é uma matéria do curso, que visa desenvolver um projeto prático baseado no que o aluno aprendeu.
Luana contou na palestra que encontrou uma chácara, alugou e se mudou para começar a produzir os orgânicos. Ela convidou outras duas colegas, Bruna Dal Pizzol e Vanessa Moura, para participar da produção. Durante o projeto, elas distribuíram os produtos em um restaurante e para particulares, percebendo uma grande demanda.
Após a conclusão do curso, Bruna e Vanessa seguiram outras atividades. Atualmente Luana mantém o negócio com o namorado, Jorel Oliveira Antunes, que é estudante do segundo módulo do curso técnico em Biotecnologia do câmpus. “A gente está integrando o conhecimento das áreas de agroecologia e biotecnologia no negócio”, explica.
Luana sempre gostou de trabalhar com plantas e animais, e, quando descobriu o curso, logo fez a inscrição. “Comecei a fazer o curso e me apaixonei logo de cara. O amor pela profissão só foi crescendo, nunca me vi trabalhando em lugar fechado, eu gosto do campo mesmo”, completa, rindo.
“Plant orgânicos” foi o nome escolhido para o negócio. O objetivo é produzir alimentos orgânicos e entregar para restaurantes e casas. “Nossa ideia é entrar no mercado de trabalho incentivando as pessoas a se alimentarem de uma forma mais saudável”, diz Luana.
Em 11 meses de projeto, quatro parcerias foram fechadas com restaurantes locais, para entrega diária. Em fase de conclusão da infraestrutura de irrigação e coberturas com túneis baixos, a ideia é iniciar a produção de hortaliças. No momento a venda é de ovos caipira, leite e doce de leite.
Para que o consumidor tenha garantia do que está consumindo, eles pretendem conseguir a certificação orgânica, adequando toda a propriedade nas conformidades da lei de produção orgânica, norma IN64. Depois será solicitado que uma empresa de certificação faça a auditoria. “Quando eu tive a ideia do projeto era uma coisa simples, não imaginava que ia ser um sucesso como foi e está sendo. É só o começo, ainda tem muito trabalho pela frente”, finaliza, animada.
Quer conhecer um pouco mais sobre esse trabalho? Siga o perfil no Instagram @plantorganicos.