INSTITUCIONAL Data de Publicação: 05 ago 2025 12:00 Data de Atualização: 05 ago 2025 12:15
O Conselho Superior (Consup), principal instância deliberativa do IFSC, tem na sua composição atual professores do Câmpus São José como representantes docentes: Elenira Oliveira Vilela é a representante titular, enquanto o Nilton Francisco Oliveira da Silva é o seu suplente, podendo participar das reuniões quando a titular estiver ausente.
A chapa dos professores do Câmpus São José foi a mais votada nas eleições para o Consup, da qual participaram docentes de todo o IFSC: eles receberam 314 votos no total. O mandato de Elenira e Nilton começou em junho deste ano vai até 3 de junho de 2027.
Licenciada em Matemática e mestra em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Elenira Vilela é professora do IFSC desde 2010. Além da trajetória como docente, atuando em diferentes níveis de educação desde 1995, Elenira é militante em defesa da educação desde os 12 anos, quando integrava o movimento estudantil, e atua no movimento sindical, tendo sido coordenadora-geral do sindicato nacional dos servidores da da rede federal de educação profissional (Sinasefe) e também da seção sindical local do IFSC. Foi, ainda, membro do Colegiado do Câmpus São José e suplente de vereador em Florianópolis, tendo assumido o mandato por alguns períodos.
Já Nilton da Silva tem formação técnica em Eletrônica pela Escola Técnica Federal de Pelotas (atual Instituto Federal Sul-Rio-Grandense), graduação em Engenharia Elétrica Pela Universidade Católica de Pelotas e mestrado e doutorado também na área de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É professor do IFSC desde 1990.
Nas respostas a seguir, a professora Elenira Vilela explica os motivos pelos quais se candidatou a representante dos professores no Consup e como espera contribuir como conselheira.
O que lhe motivou a candidatar-se ao Consup?
Elenira: Sempre fui uma pessoa comprometida com os processos coletivos e a defesa e prática de democracia nas instituições pelas quais passei como profissional ou como militante em defesa da democracia, da educação e dos direitos sociais. Penso que a democracia é premissa e deve ser parâmetro intrínseco do processo educativo. Infelizmente, em algumas oportunidades nossa instituição - que tem longa tradição de práticas democráticas e defesa da democracia, viu essa tradição quebrada: com uma intervenção, com a suspensão do funcionamento do próprio Consup de maneira arbitrária e, mais recentemente, com uma postura de alguns conselheiros que considero questionável, quando, novamente rompendo com essa tradição institucional, dificultaram a aprovação de um passo fundamental na democratização, que é a aplicação das cotas étnico-raciais na garantia que também as direções da nossa instituição contem com a representação de pessoas pretas, pardas e indígenas. Assim, percebi que era o momento de contribuir com a educação no âmbito desse que é o colegiado máximo da nossa instituição.
Quais contribuições você espera trazer como representante docente no Consup?
Espero trazer uma longa experiência de construção democrática, seja quando atuei como militante do movimento estudantil secundarista, universitário e de pós-graduação, seja na Secretaria Municipal de Educação em Florianópolis (consolidamos as eleições para diretoras/es, a criação dos conselhos de escola e o planejamento estratégico participativo das unidades escolares da rede), seja como membro do Conselho Municipal de Educação que debateu o Sistema Municipal de Ensino, seja como dirigente sindical, como vereadora e como professora das mais variadas redes e níveis de ensino, como membro do colegiado do Campus São José e de comissões do MEC [Ministério da Educação] de prevenção de violência nas escolas, entre muitas outras. E oferecer ao debate dos colegas para a construção de um Consup cada vez mais democrático e representativo. Já iniciei, propondo a criação de um GT [grupo de trabalho] de elaboração de diretrizes e orientações para a realização de consultas à comunidade para eleição de seus dirigentes máximos, no debate sobre a composição do próprio conselho e na proposição de métodos de deliberação efetivamente participativo e representativo e não somente como uma amostragem das posições presentes na nossa instituição. Com meu colega que se prontificou a ser suplente, o professor Nilton Francisco Oliveira da Silva, recebemos uma expressiva votação e vamos procurar que a tomada de decisão seja amplamente debatida nos pontos essenciais do IFSC. A rede de IFs é um projeto democratizante e fundamental para a soberania do nosso país e para garantir o acesso do melhor e mais avançado conhecimento e tecnologia produzidos no nosso país e que deve ser acessado pela classe trabalhadora e seus filhos. O Consup de cada instituição como essa deve ser uma engrenagem facilitadora desse processo de socialização e desenvolvimento de conhecimento a todas e todos!