Estudante com paralisia cerebral participa do arremesso de peso no JIFSC

JIFSC Data de Publicação: 11 jun 2025 10:52 Data de Atualização: 11 jun 2025 15:11

As características motoras relacionadas à paralisia cerebral não foram obstáculo para a estudante Júlia Iizuka, do Câmpus Garopaba, participar dos Jogos do IFSC em seu primeiro ano na instituição. Aos 16 anos, ela começou neste semestre o ensino médio técnico em Administração e já demonstrou aos colegas e professores sua afinidade com a disciplina de Educação Física.

No JIFSC, a estudante de Garopaba vai participar da prova de arremesso de peso, que ocorrerá nesta quarta-feira (11) junto com as demais provas de atletismo. Assim como ela, outros atletas com deficiência participarão neste ano de diversos esportes por meio do ParaJIFSC.

O pai de Júlia, Marcus Hied, acompanha a estudante nas atividades em Blumenau e também é o responsável por ter criado a adaptação que a paratleta utiliza para fazer o arremesso de peso. “Como ela tem maior controle da perna, fizemos um suporte preso ao pé para que ela possa fazer o movimento adequado”, conta Marcus.

Além do atletismo, a futura técnica em Administração já desenvolveu atividades em diversas áreas do esporte e culturais, como balé, pintura e escrita. “Ela é bem engajada, bem interessada nas coisas, quer participar de tudo”, relata a professora de Educação Especial do câmpus, Cláudia Teles, que vem realizando ações focadas em Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) para ampliar a capacidade de comunicação de Júlia. “No caso, em breve ela irá contar com um tablet junto à cadeira de rodas para permitir que se expresse melhor”, explica.

Segundo o professor de Educação Física do Câmpus Garopaba, Eduardo Borowski, é fundamental que estudantes com deficiência participem de esportes e tenham acesso a momentos de formação como os que ocorrem durante o JIFSC. “A gente dá um salto qualitativo ao trazer uma pessoa como a Júlia pra cá. Porque o esporte representa um acúmulo de conhecimentos da humanidade e é um direito de todos. Temos que fazer as adaptações necessárias e trazer mais estudantes ao ParaJIFSC, tornando o evento cada vez mais inclusivo”, destaca.

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