JIFSC Data de Publicação: 11 jun 2025 18:00 Data de Atualização: 14 jun 2025 12:38
Natasha Maree Meani, 15 anos, intercambista da Austrália matriculada no curso técnico integrado em Modelagem do Vestuário do Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, está vivendo uma experiência única: ela é uma das atletas que veio ao JIFSC e ganhou, nesta quarta-feira (11), duas medalhas nas provas do atletismo dos Jogos. A estudante, que chegou ao Brasil em janeiro para um intercâmbio de um ano, embarcou para Blumenau após ganhar uma vaga inesperada para a competição.
A participação de Natasha no JIFSC foi uma surpresa até para ela. “Até semana passada, eu não sabia que iria competir”, conta. Uma vaga surgiu devido a desistências no câmpus e a jovem foi indicada por uma colega. “A Larissa, minha amiga, falou: ‘professor, leva a Natasha’. Aí o professor topou e eu também aceitei na hora”, relembra.
No entanto, para carimbar a passagem ao JIFSC foi necessário providenciar rapidamente a autorização dos pais e do padrinho brasileiro responsável pela estudante. “Foi bem estressante porque tive só um final de semana para avisar todo mundo, mas agora estou aqui, muito feliz e grata”, diz Natasha, que completará 16 anos em agosto.
Já no local dos Jogos, a intercambista mostrou preparo e conquistou duas medalhas: a prata nos 800 metros e bronze nos 3.000 metros. “Todo mundo aqui parece muito bom, mas fiquei muito animada em correr”, afirma.
Para ela, participar de um evento esportivo no Brasil é uma oportunidade única. “É bem importante para minha família na Austrália, que me ajuda no intercâmbio, e para eu viver o máximo de experiências possíveis”, afirma.
Corrida
Natasha já praticava esportes na Austrália, incluindo acrobacia e skate, mas encontrou na corrida uma alternativa que pode ser praticada a qualquer momento. “Eu gosto porque posso correr quando eu quero, sem precisar levar muitos equipamentos”, comenta. Em Jaraguá do Sul, durante os treinos, ela costuma percorrer entre 7 e 8 km.
A participação de intercambistas no JIFSC não sofre restrições. “O que conta é a matrícula. Não importa se é brasileira ou não, desde que esteja cursando regularmente o curso na instituição”, explica o professor de educação física do câmpus, Luis Otávio Mendes.
Segundo Natasha, participar da competição no Brasil é mais uma forma de enriquecer sua experiência de intercâmbio. “É uma chance única de competir em outro país. Estou muito grata por tudo”, diz.
Vinda ao Brasil
Foi por acaso que Natasha acabou chegando em terras brasileiras. “Quem escolheu o Brasil para meu intercâmbio foi a agência. Eles me entrevistaram e disseram que eu iria gostar muito, e acertaram. Eu amo estar aqui, me sinto com muita sorte”, afirma.
A língua portuguesa, que ela mal conhecia, tem sido uma barreira superada com ajuda de colegas. “No começo foi difícil, mas agora consigo conversar. Ainda não falo fluentemente, mas está bem melhor”, diz. A entrevista para esta reportagem foi realizada totalmente em português.
Sobre as diferenças culturais entre jovens australianos e brasileiros, Natasha nota um clima mais acolhedor no IFSC. “Na primeira aula, eu estava nervosa, mas todo mundo foi muito amigável. Aqui as pessoas são mais próximas, todo mundo é como uma família na sala”, compara.