Professora do Câmpus Lages realiza intercâmbio científico nos EUA

VIDA DE SERVIDOR Data de Publicação: 08 set 2024 15:03 Data de Atualização: 13 set 2024 11:57

De 12 a 23 de agosto, a professora Giselle Camargo Mendes, da área de Ambiente e Saúde do Câmpus Lages do IFSC, realizou um intercâmbio científico na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. A atividade teve como objetivo fomentar a parceria entre o IFSC, a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e o laboratório de Microbe-plant interaction.

A Udesc foi representada pelo professor Fábio Nascimento (coordenador do laboratório de Virologia Vegetal), enquanto o laboratório de Michigan é coordenado pelos pesquisadores Ping He e Libo Shan. A professora foi uma das 60 propostas selecionadas pelo Edital de Chamada Pública da FAPESC nº 07/2024, sendo a única de um Instituto Federal, e foi apresentar um projeto de cooperação internacional para os avanços dos conhecimentos da interação molecular planta-vírus e intercâmbio de estudantes. No caso, o projeto base foi o de estudo do physalis, que é realizado no Câmpus Lages.

"A cooperação internacional se faz necessária para avançar nos estudos da interação molecular entre planta e vírus, em importantes culturas como trigo, arroz e também espécies frutíferas. Durante o intercâmbio foram apresentados projetos de pesquisa coordenados pelos pesquisadores brasileiros e realizados pelos estudantes de iniciação científica do IFSC e da Pós-graduação em Produção vegetal da UDESC", comenta a professora.

A professora Giselle é Coordenadora de Pesquisa do Câmpus Lages e destaca a importância de realizar esse tipo de atividade como modo de estreitar as relações com outras instituições. “Esta experiência do intercâmbio foi extremamente válida para formalizar a parceria entre as Instituições Brasileiras e do exterior com o intuito de avançar nos conhecimentos acerca dos mecanismos moleculares da interação planta-vírus, usando planta modelo, que poderá no futuro ser aplicado em culturas de interesse econômico. A parceria se faz necessária devido à importância dos pesquisadores Dr. Ping He e Dra Libo Shan na área de interação molecular planta-patógeno, sendo considerado um laboratório referência a nível mundial", conta a professora. Ela ressalta que este projeto de pesquisa também conta com parceria de importantes Instituições do Brasil como a Universidade Federal de Viçosa e a Universidade Federal do Ceará.

A professora Giselle destaca que a parceria foi bem aceita e que um projeto em parceria para colaborações futuras já está sendo escrito. "A ideia da parceria internacional é que nossos alunos possam ir lá também. Na Universidade de Michigan também pudemos conhecemos os projetos de pesquisa que são desenvolvidos lá, que foram nos apresentados pelos alunos", complementa.

Sobre o projeto

Um projeto de pesquisa do Câmpus Lages do IFSC está buscando conhecer melhor formas de proteger uma fruta que muita gente não conhece: o physalis. "Estudo anatômico, fisiológico e metabólico de plantas de fisális infectada com o vírus physalis rugose mosaic virus (PhyRMV)", coordenado pela professora Giselle Camargo Mendes, da área de Ambiente e Saúde do IFSC Lages, foi contemplado no Edital 02/2023/PROPPI e é realizado em parceria com o Laboratório de Virologia Vegetal da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) coordenado pelo professor Fábio Nascimento da Silva.

A professora, que também é Coordenadora de Pesquisa do Câmpus Lages, explica que o projeto tem o objetivo de entender as respostas fisiológicas e metabólicas das plantas de Physalis diante da infecção pelo vírus physalis rugose mosaic virus (PhyRMV). "O PhyRMV é a principal espécie viral associada à cultura do fisális (Physalis peruviana L.) e estudo biológico experimental foi verificado que este vírus pode infectar o tomate, importante cultura no Estado de Santa Catarina. Assim, é importante o conhecimento dos mecanismos metabólicos da interação do vírus com o hospedeiro, ainda amplamente desconhecidos no patossistema supracitado. As infecções causadas por vírus são um sério problema, visto que o controle é essencialmente preventivo", explica a professora. O physalis é da mesma família biológica do tomate e do pimentão.

Saiba mais sobre o projeto aqui

 

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