PESQUISA Data de Publicação: 15 ago 2025 13:08 Data de Atualização: 18 ago 2025 12:18
Como parte de sua tese de doutorado, a professora de Informática do Câmpus Chapecó do IFSC Lara Popov Zambiasi conduziu experimentos em parceria com a empresa Aurora Coop e com a Associação De Deficientes Visuais Do Oeste De Santa Catarina (Adevosc), na cidade de Chapecó. O estudo tem como foco a avaliação de um ambiente de treinamento imersivo em realidade virtual e de um Assistente Virtual (softbot), ambos desenvolvidos especialmente para capacitar pessoas com deficiência (PcD) que atuam na indústria. A orientação é do professor Ricardo J. Rabelo e a coorientação de Saulo P. Zambiasi.
“O objetivo da pesquisa é analisar como essas tecnologias podem aprimorar o processo de aprendizagem, aumentar a segurança no ambiente de trabalho e promover maior autonomia para esses profissionais. A proposta visa gerar benefícios diretos tanto para os colaboradores quanto para a eficiência operacional da empresa, além de fortalecer as práticas de inclusão no setor industrial”, destaca a professora Lara.
No final de julho, foi realizada a etapa prática do experimento na unidade FACHI da Aurora Coop, em Chapecó, com foco na inclusão de colaboradores com deficiência auditiva. Os participantes vivenciaram o treinamento por meio do ambiente virtual imersivo e interagiram com o assistente virtual, experimentando uma nova abordagem de capacitação. Essa vivência foi essencial para a coleta de dados sobre a eficácia da ferramenta em um contexto real de trabalho.
Durante o experimento, os colaboradores com deficiência auditiva realizaram tarefas operacionais simuladas em um ambiente virtual, com o suporte de um assistente virtual adaptado com recursos visuais. A interação facilitada proporcionou uma experiência de aprendizado mais acessível e eficaz. A equipe da pesquisa monitorou aspectos como desempenho, conforto e percepção dos participantes quanto à clareza das instruções e à usabilidade do sistema.
A segunda etapa prática foi conduzida no início de agosto, na Adevosc. Contou com a participação de voluntários com idades entre 28 e 62 anos e diferentes níveis de acuidade visual, predominando casos de visão monocular ou restritiva.
Na Aurora Coop, a atividade teve apoio de membros do Comitê de Política Aurora para Pessoa com Deficiência (PAPCD), representado pelas enfermeiras Simone Lucia Sichelero e Francieli Perusso, e pela analista social Tatiane Hilhesheim. A participação da intérprete de Libras Indiamara Serpa da Silva também foi fundamental. Na Adevosc, a pedagoga e professora de artes Dandara Cristina Loubak Lima e o professor Rafael Fuhr auxiliaram nesta etapa.
“Os resultados preliminares são promissores e reforçam o potencial transformador da tecnologia na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho”, destaca a professora.