Para esclarecer as dúvidas sobre os motivos da suspensão do Calendário Acadêmico Unificado pelo Conselho Superior (Consup), a Reitoria do Instituto Federal de Santa Catarina traz as justificativas apresentadas pelos conselheiros para a tomada da decisão. O Consup é o órgão deliberativo máximo da instituição, composto por representantes eleitos da gestão, dos estudantes, dos docentes, dos técnicos administrativos e de entidades civis.
À comunidade externa, pode parecer simples que as aulas de docentes que não tenham aderido à greve sejam continuadas, mas, administrativamente, com o descompasso entre as disciplinas ao longo do tempo de paralisação, a recuperação das aulas também é afetada, uma vez que, com o calendário acadêmico mantido, a reposição tem de ser feita dentro do período pré-estabelecido de 200 dias letivos. Sem a suspensão do calendário, os dias de greve seguem sendo contabilizados como dias letivos cumpridos, reduzindo o prazo para a reposição dos conteúdos, o que impactaria a qualidade do ensino. Além disso, em muitos câmpus a maioria dos estudantes vem de outras cidades. Com a manutenção das aulas, alguns teriam que se deslocar para apenas uma ou duas horas de atividades.
Outra questão é a grande adesão dos técnicos administrativos em Educação (TAEs). Por possuir um ensino diferenciado, com foco em aulas práticas e opções que vão desde o Ensino Médio até a pós-graduação, o Instituto Federal de Santa Catarina conta, em suas atividades acadêmicas, com o apoio essencial dessa categoria. Por isso, antes mesmo da suspensão do Calendário Acadêmico Unificiado (CAU), definida pelo Conselho Superior (Consup), 13 câmpus já haviam suspendido os seus calendários acadêmicos locais. As decisões foram tomadas com base em questões de segurança e para assegurar a qualidade do ensino, pois sem o acompanhamento dos TAEs, diversas atividades ficam prejudicadas.
Pode-se citar, como exemplo, a segurança dos estudantes nos câmpus (já que não há monitores em pátios, estacionamentos e entradas e boa parte de nossos estudantes são menores de 18 anos); a alimentação escolar; aulas práticas que exigem a presença de técnicos de laboratórios; a falta de apoio pedagógico para questões de ensino, orientações de convivência e comportamento; impossibilidade de uso das bibliotecas, entre outros.
O IFSC trabalha para que todos os serviços essenciais permaneçam em funcionamento e reitera que, após o fim da greve, a retomada das aulas será feita de forma a minimizar o impacto da suspensão do calendário, garantindo, em acordo a ser assinado com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) - Seção IFSC a reposição integral dos conteúdos. A Reitoria segue em negociação permanente com o comando de greve.
As atualizações e notícias sobre a funcionamento do IFSC durante a paralisação dos servidores estão disponíveis no site ifsc.edu.br/greve.
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