Alunos do técnico em Saneamento promovem ação de educação ambiental com escola municipal

ENSINO Data de Publicação: 06 jun 2025 14:12 Data de Atualização: 06 jun 2025 14:47

Na manhã desta sexta-feira (6), os corredores do IFSC, Câmpus Florianópolis se encheram da energia contagiante dos estudantes do 6º ano da Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito. A visita fez parte da ação de extensão “Educação Ambiental na Área de Saneamento Básico”, promovida pelos formandos da oitava fase do Curso Técnico Integrado em Saneamento, sob a orientação das professoras Elivete Carmen Clemente Prim e Mariana Molleri de Limas Fonseca.

O projeto foi idealizado pelos próprios alunos, cada grupo ficou responsável por uma oficina temática que abordou os quatro eixos do saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos.

A professora Elivete explica que a ideia surgiu da própria turma, que queria trabalhar com educação ambiental de forma prática e próxima da comunidade: “Eles queriam fazer uma coisa fora da escola, com a comunidade. Como a turma é grande e cada um tinha mais afinidade por uma área do saneamento, pensamos em um projeto que abraçasse as quatro áreas. Aí veio a ideia das oficinas e de trazer uma escola aqui para o IFSC, onde temos mais estrutura e suporte.”

A escolha da escola parceira também foi cuidadosamente pensada: além de ser próxima ao campus, dois dos formandos estudaram na Beatriz de Souza Brito. “A gente quis valorizar esse vínculo e esse carinho que eles tinham com a escola onde começaram”, comenta a professora Mariana. Segundo ela, a turma sempre foi muito participativa, e o papel das professoras foi mais de mediação do que de condução.

As oficinas aconteceram em diversas salas do campus, com atividades práticas como construção de filtros de água, jogos interativos sobre o sistema de esgoto, arte e circuitos sobre separação de resíduos. Cada grupo de formandos atuou como responsável por uma temática, e também como educador.

Para os estudantes, foi a primeira vez ensinando crianças mais novas. “Eles falam: ‘professora, tô com muito friozinho na barriga’”, conta Elivete. “Mas eles sabem. Estão há quatro anos estudando isso. E hoje, na sala, ver eles explicando tudo com tanta naturalidade, eles sabem!”

A aluna Mariana, uma das formandas, resumiu o sentimento coletivo da turma, “eu tô muito feliz, tô bem animada. Dá um pouquinho de medo, mas eles são tão participativos e tão queridos que na hora a gente esquece. A gente tá aproveitando muito.”

A atividade também foi uma oportunidade de mostrar o IFSC às crianças da rede pública como um espaço possível e acolhedor. “É uma forma de apresentar o instituto para esses alunos. Amanhã eles podem estar aqui estudando com a gente também”, destaca a professora Mariana.

O diretor eleito do Câmpus Florianópolis e atual diretor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Rogério Versage, esteve presente na ação e ressaltou a importância do protagonismo estudantil,  “essa é a grande mágica de atividades como essa: ter uma oficina onde os estudantes são os protagonistas, fazem o ensino acontecer e promovem a troca com os estudantes das escolas públicas. Ensinar faz com que a gente aprenda ainda mais e essa vivência como tutores reforça o que eles estão aprendendo em sala de aula.”

A importância da ação vai muito além do aprendizado técnico dos formandos do IFSC. Para Mariana Molleri de Limas Fonseca, professora e organizadora do projeto, junto com a professora Elivete, “a questão da educação ambiental em si, com esses conceitos relacionados ao saneamento, são conceitos que não necessariamente precisam ser absorvidos só por quem estuda saneamento. O saneamento está no nosso dia a dia, né? Então, todo cidadão precisa conhecer seus direitos e deveres relacionados ao saneamento básico.”

Ela reforça que a iniciativa tem papel fundamental na formação cidadã, “é uma forma de apresentar o IFSC para esses alunos, que amanhã podem estar aqui com a gente estudando também. E sempre acredito nessa multiplicação da educação. Hoje, eles estão aqui aprendendo sobre educação ambiental, mas vão chegar em casa, na escola, e isso vai se multiplicando.”

Quanto mais conhecimento for disseminado dessa forma, maior será o efeito multiplicador na conscientização e nas práticas relacionadas ao saneamento, fortalecendo o compromisso social e ambiental de toda a comunidade.
 

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