Equipe de robótica do Câmpus Lages participa de evento nacional em Minas Gerais

EVENTOS Data de Publicação: 14 mar 2025 17:15 Data de Atualização: 14 mar 2025 22:12

Neste mês de fevereiro, entre os dias 14 a 17, ocorreu em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, o torneio nacional de robótica IronCup 2025. O evento reuniu mais de 600 participantes e promoveu competições de robôs em seis categorias. Do IFSC Câmpus Lages esteve presente a equipe IronHeart, formada por alunos e professores do curso Técnico em Mecatrônica.

“A ideia é promover a construção, o projeto, a execução, a elaboração, a criatividade. Então, as pessoas que se inscrevem vão para competir com outras sem que ninguém tenha exatamente em mãos o que será feito de forma aberta. Logo, há o foco no desenvolvimento", explica o professor Rogério da Silva, um dos coordenadores da atividade no IFSC junto com o professor Jeferson Freytag, que também compõe o projeto. Os alunos que compõem o projeto são Rafael de Liz Dolçan, Jonas Piccinini Siqueira Lemos e Carlos Gabriel Merkle.

Patrocinaram a equipe e viabilizaram a participação a empresa Berneck, o IFSC, a equipe Gralha Azul Aerodesign, a Atlética do IFSC Lages, o Grêmio Estudantil de Lages (GoIFSC), além dos servidores do câmpus que contribuíram de alguma forma. A equipe de Lages competiu na categoria Combate Antweight - 454g / 1lb e terminou a prova na 16a colocação. O resultado final, garante o professor Rogério, é o de menos. “Eles trabalharam no final do ano, ao longo das férias, a gente teve que solicitar permissão para isso. Eles fabricaram o robô, fizeram a inscrição e ainda sem ter certeza que conseguiríamos estar no evento. Então, estava claro que eles queriam realizar isso e conseguiram", comemora o professor. 

Pé na estrada

967 quilômetros separam o Câmpus Lages do IFSC da cidade mineira de Santa Rita do Sapucaí, local do evento. A aventura começou no dia 13 de fevereiro e a viagem foi feita de carro. “A equipe amadureceu com o evento em si, o resultado é o que menos importa, pois a bagagem que esses alunos tiveram, a oportunidade de experiência vivida foi enorme". complementa o professor.

O estudante Rafael de Liz Dolçan conta que a experiência na IRONCUP foi extremamente enriquecedora, mesmo sem ter conquistado uma premiação. Para ele, participar do torneio permitiu validar na prática tudo o que foi projetado. “Analisando o desempenho real do robô em combate e extraindo aprendizados valiosos a cada etapa. Além disso, a troca de conhecimento com equipes mais experientes foi essencial para ampliarmos nossa visão, possibilitando identificar melhorias e estratégias que antes não haviam sido consideradas", destaca o aluno.

Para Rafael, essa vivência permitiu detectar pontos de otimização e gerou novas ideias para aprimorar o projeto para as próximas competições. Além do avanço técnico, a participação no evento também teve um impacto significativo dentro do IFSC. "Despertou o interesse em novos integrantes e contribuiu para o fortalecimento da equipe. Com isso, há um grande potencial para consolidarmos uma tradição de participação nesses torneios, que ocorrem aproximadamente três vezes ao ano, elevando o nível da robótica dentro da instituição. A IRONCUP não foi apenas uma competição, mas um ambiente de crescimento e desenvolvimento, tanto técnico quanto estratégico. A experiência adquirida certamente impulsionará nossa evolução e nos preparará ainda melhor para os próximos desafios", conclui o estudante.

Aprendizados para além da teoria

Outro componente do grupo, Jonas Piccinini Siqueira Lemos detalha que a experiência foi, na sua opinião, “incrível". Ele remonta à participação no Sepei, no ano passado, como um aperitivo do que seria o evento atual. “No SEPEI 2024, eu já tinha tido um gostinho de como é apresentar projetos para um público maior, trocar ideias com outras equipes e ver de perto o que a galera está desenvolvendo. Eu e minha equipe mostramos nosso projeto de robótica e automação, e foi muito legal ver o pessoal interessado, fazendo perguntas e até dando sugestões que a gente nem tinha pensado”, comenta o aluno.

Sobre o evento IronCup, ele destaca que foi uma competição de um nível superior. “A competição é gigante, a maior do Brasil em robótica, e o clima lá é eletrizante. Você vê equipes de tudo quanto é canto do país, cada uma com seus robôs insanos, prontos para dar o melhor na arena. É muita adrenalina", complementa o estudante, que conta que a equipe se preparou bastante, ajustando cada detalhe do robô. Quando chegou a hora da apresentação, foi tudo ou nada. O aluno relata que houve momentos de tensão e ajustes no de última hora.

No fim, Jonas conta que o aprendizado que levou do evento foi para além da competição. “Tem aquele networking forte, conhecer gente da área, trocar experiências e isso não tem preço. E acho que o mais massa disso tudo é ver o quanto a robótica tem espaço e como a gente pode aplicar esse conhecimento na vida real. Foi puxado, teve muito trabalho, mas valeu cada segundo. Agora é só se preparar para as próximas", finaliza o aluno.

O terceiro participante da equipe é o aluno Carlos Gabriel Merkle. Para ele, participar do evento foi uma experiência incrível e enriquecedora. Ele destaca duas impressões principais que chamaram sua atenção. “O que mais me marcou foi o alto nível de inovação presente nos projetos e o espírito de competição saudável entre as equipes. A diversidade de robôs e soluções apresentadas demonstrou como a tecnologia pode ser aplicada de formas criativas e eficientes", comenta.

Ele também relata uma atenção especial quanto à complexidade dos sistemas embarcados e a precisão dos controles, mostrando o quanto o desenvolvimento técnico e o trabalho em equipe são essenciais nesse campo. “Além disso, ver o desempenho dos robôs na arena, especialmente nos combates e desafios, reforçou a importância da robustez e da estratégia no desenvolvimento dos projetos", complementa.

Carlos destaca que uma experiência como essa contribuiu significativamente para a formação como técnico em mecatrônica, pois proporciona uma visão prática e aprofundada sobre automação, eletrônica e mecânica aplicada. “Além disso, o contato com outros profissionais e entusiastas da área ampliou meu networking e me motivou a continuar aprimorando meus conhecimentos para futuros desafios no setor", finaliza o estudante.

 

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