INSTITUCIONAL Data de Publicação: 01 ago 2025 14:49 Data de Atualização: 01 ago 2025 15:54
Em uma iniciativa da Direção-Geral e da equipe da Coordenadoria de Suporte de Informática do Câmpus Florianópolis, o novo laboratório de informática da unidade passa a se chamar Laboratório Luiz Henrique da Silva, em homenagem a um dos servidores mais atuantes e queridos da história da instituição. A homenagem foi formalizada por meio de manifestação da equipe de Suporte e registrada em ata colegiada.
Luiz Henrique da Silva teve uma trajetória marcante no IFSC. Inicialmente aluno do curso técnico em Mecânica, tornou-se servidor técnico-administrativo e foi o criador do primeiro setor de Suporte de Informática da instituição. Começou sozinho, consertando equipamentos, e estruturou uma equipe que se tornaria referência, contribuindo diretamente para a consolidação da área de TI no Câmpus Florianópolis, antes mesmo da separação com a Reitoria.
Autodidata, criativo e colaborativo, Luiz sempre teve como foco o atendimento aos alunos. Sonhava com um espaço acessível e moderno para que estudantes tivessem acesso a recursos tecnológicos, especialmente aqueles que não dispunham de computadores ou softwares em casa. Sua ideia era criar um laboratório com cerca de 70 computadores de uso compartilhado, onde os programas necessários a cada curso seriam carregados conforme a demanda, otimizando recursos e democratizando o acesso à tecnologia.
“A expectativa dele era criar aquilo que depois a gente passou a denominar de Centro Transmídia. A ideia inicial era um espaço centralizado, acessível, onde cada aluno pudesse ter acesso, de forma simples, aos softwares específicos de seu curso”, relembra Paulo Tavares, colega de trabalho de Luiz e um dos responsáveis pela formulação do projeto.
Com apoio de Paulo, que atuava no setor de Suporte e também possuía trajetória na área de comunicação institucional, o projeto foi ampliado para incluir ambientes voltados à produção multimídia e ao uso colaborativo do espaço, como gravação de podcasts, videoconferências, apresentações culturais e eventos acadêmicos. A proposta foi estruturada e chegou a ser aprovada internamente, embora não tenha sido totalmente implantada por limitações orçamentárias e disputas de espaço físico.
“O Luiz sempre tinha esse sonho na cabeça. Ele queria que as pessoas tivessem acesso fácil aos softwares, que não ficassem restritos aos departamentos. Ele queria um espaço vivo, inovador, integrado à comunidade”, destaca Diogo Melchor, técnico de TI e ex-colega de Luiz.
Mesmo fora de cargos formais de chefia, Luiz era referência entre os colegas, respeitado por sua liderança natural, empatia e espírito solidário. Atuava em todos os departamentos, buscando soluções para problemas diversos, muitas vezes além de suas atribuições formais, e era conhecido por não medir esforços para ajudar a comunidade acadêmica.
A nomeação do laboratório representa o primeiro passo simbólico de concretização de seu legado e deve inspirar futuras ações voltadas à inclusão digital e ao fortalecimento do vínculo entre tecnologia e educação no IFSC.
“Esse projeto que nós dois discutimos e construímos juntos era muito mais do que um laboratório. Era uma proposta de integração, inovação e acesso”, ressalta Paulo.
A homenagem reconhece sua contribuição singular para a modernização e humanização do suporte técnico no IFSC. Como lembram seus colegas, Luiz viveu com intensidade sua missão no câmpus, e seu exemplo segue presente nos corredores, nas ideias e nas pessoas que com ele conviveram.