VIDA DE SERVIDOR Data de Publicação: 08 ago 2025 15:06 Data de Atualização: 08 ago 2025 15:11
Quando assistimos a um bom espetáculo – seja um show, uma peça ou mesmo uma apresentação escolar – raramente pensamos no que acontece nos bastidores. Luzes, som, cenário e figurino só funcionam porque alguém, longe dos holofotes, faz acontecer com cuidado e responsabilidade.
Na Administração Pública, acontece algo parecido. Cada servidor(a) contribui, muitas vezes sem aparecer, para a credibilidade do serviço público, atuando com integridade, transparência e comprometimento com o bem comum. Mesmo aqueles(as) que estão na linha de frente, atendendo diretamente à população, são influenciados(as) diretamente por orientações partidas dos bastidores — afinal, o que sustenta a confiança da sociedade não é apenas o que se vê, mas a base ética que fundamenta cada atitude, cada decisão, cada resposta dada no dia a dia. A credibilidade nasce justamente desse alicerce silencioso, muitas vezes invisível, construído com responsabilidade e consciência do dever público.
Trabalhamos com prazos, metas e processos. Mas o que garante que tudo isso funcione com justiça e respeito é a ética. Como afirma o filósofo Michael Sandel : “Fazer a coisa certa exige mais do que seguir regras. Exige reflexão, empatia e discernimento.” E é exatamente isso que buscamos colocar em prática quando lidamos com o interesse público com responsabilidade.
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto nº 1.171/1994) reforça essa ideia ao afirmar que "a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, mas abrange a ideia de que o fim é sempre o bem comum."
Nos pequenos gestos diários – como ouvir com atenção, evitar conflitos de interesse ou assumir responsabilidades com transparência – praticamos essa ética que fortalece a confiança da população e contribui para a construção de um país mais justo.
Neste mês, em que já passamos da metade do ano, vale fazer uma pausa para refletir sobre o caminho percorrido até aqui. O que construímos com nossas escolhas? O que ainda podemos aprimorar no restante do ano? Afinal, ética não é o que aparece no palco – é o que torna o espetáculo possível.
Caso tenha dúvidas ou queira compartilhar boas práticas para um serviço público mais zeloso, a Comissão de Ética do Instituto Federal de Santa Catarina está à disposição.