Projeto Integrador do IFSC: entenda como funciona

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 21 nov 2024 09:08 Data de Atualização: 21 nov 2024 10:35

Dependendo do curso que se faz aqui no IFSC ou do seu curso de interesse, você irá se deparar com alguma destas unidades curriculares na matriz curricular: Projeto Integrador (o famoso PI), Atividade de Extensão ou Seminário Integrador. Essas unidades aparecem em diversos dos nossos cursos, às vezes até em mais de um semestre, e geralmente tem uma carga horária bem grande, o que pode até assustar um pouquinho! 😅

Embora os nomes de algumas delas possam ser um pouco autoexplicativos, nem sempre sabemos do que se tratam e por que estão ali. Pensando nisso, trouxemos essa questão aqui pro nosso Blog para explicar como funcionam essas unidades e por que são tão especiais para a formação e vida profissional dos nossos estudantes. Vamos lá?

Por que o Projeto Integrador existe?

Que o IFSC é uma ótima escolha para quem busca uma formação profissional não há dúvidas. Mas o ensino de qualidade que a gente busca oferecer aqui vai além da nossa estrutura e do nosso quadro de professores: quando formulamos um novo curso, o pensamento está sempre no profissional que terá ele no currículo quando se formar. E é aí que unidades curriculares como o Projeto Integrador entram na grade, já que elas focam justamente no alinhamento de tudo que os estudantes estão aprendendo em um semestre (daí o integrador do nome), em um projeto que se relaciona com a área de trabalho, aplicando esse conhecimento a situações mais próximas da realidade. Ficou confuso? Calma que vamos explicar melhor!

Unidades curriculares como Projeto Integrador ou Seminário Integrador costumam sintetizar o que é aprendido em aula para situações que aquele profissional encontrará fora do IFSC, às vezes até mesmo com clientes reais. Ou seja, essas unidades são o momento perfeito para sistematizar os conhecimentos adquiridos no curso e colocá-los em prática, o que muitas vezes envolve também o contato do estudante do IFSC com a comunidade.

Um exemplo muito legal que temos é do curso técnico integrado em Alimentos do Câmpus Canoinhas. Em 2022, os estudantes avaliaram rótulos de produtos, analisaram aditivos, fizeram estudo de caso de uma empresa local, e desenvolveram novas propostas de produtos. Tudo isso utilizando os conhecimentos adquiridos ao longo do curso!

Em resumo, nesta unidade o estudante aprende metodologias e técnicas de pesquisa, trabalha sua produção de texto, elabora projetos e os coloca em prática, relatando os resultados obtidos. Tudo isso documentado para a posteridade! 🙂 

Já a unidade de Seminário Integrador, é menos comum nos nossos cursos, mas está presente em vários semestres do curso de Pedagogia Bilíngue, por exemplo, com um papel bem próximo do Projeto Integrador, mas adaptado ao contexto de pedagogia. Em sua ementa, está previsto introduzir a dinâmica pedagógica do curso, pesquisa acadêmica e a produção de projetos de pesquisa em ensino.

Qual a diferença entre o Projeto Integrador e Atividades de Extensão?

As unidades curriculares de Projeto Integrador e Atividade de Extensão têm muita coisa em comum. Elas têm proximidades metodológicas e práticas, embora algumas nuances sejam diferentes. Na verdade, as unidades de Atividades de Extensão fazem parte de um cenário maior, que vem acontecendo já há algum tempo na educação brasileira, que é a curricularização da extensão em cursos superiores, que nada mais é que tornar a extensão parte do currículo. Alguns cursos de graduação com oferta de unidades curriculares análogas ao Projeto Integrador e passaram por atualizações curriculares, agora possuem também unidades de Atividade de Extensão, como foi o caso do curso de Produção Multimídia do Câmpus Palhoça Bilíngue.

Se você não sabe o que é extensão, a gente explica: é quando os saberes criados aqui dentro de uma instituição de ensino retornam para a comunidade externa, em projetos voltados para o público ao redor da instituição ou que o beneficiam de alguma forma. No caso de uma disciplina como a de Atividade de Extensão, é quando o cliente deixa de ser hipotético: você cria um produto ou oferece um serviço para alguém real que, de outra forma, não poderia pagar por aquele serviço, mas que precisa dele mesmo assim.

Já as unidades de Projeto Integrador e Seminário Integrador (que mencionamos mais acima) não necessariamente têm esse compromisso com o público externo, embora seja super comum em suas  ementas que contemplem isso também. Afinal, esse é um dos papeis do IFSC: formar profissionais capazes, criar experiências profissionais aqui dentro e contribuir para o desenvolvimento em nossa sociedade.

Quais os tipos de curso que têm alguma dessas unidades?

Apesar de ser bem comum, não são todos os cursos do IFSC que têm um Projeto Integrador em sua matriz. Até porque, em alguns deles, isso nem faria sentido, uma vez que fazem parte da nossa oferta os cursos de idioma, de formação inicial e continuada, entre outros de curta duração. Sem contar que em alguns dos nossos cursos de curta duração, os conhecimentos desenvolvidos são muito específicos, como nos cursos de Desenho Artístico oferecidos no Câmpus Gaspar, por exemplo.

De modo geral, essas unidades curriculares (de projeto ou seminário integrador e de atividades de extensão) estão presentes nos cursos técnicos - integrados, concomitantes e subsequentes - e de graduação - superiores de tecnologia, bacharelados e licenciaturas. Afinal, são esses os cursos que têm mais tempo e espaço para o desenvolvimento de projetos mais complexos e que possuem componentes curriculares mais profundos e diversificados ao longo dos semestres. Sempre que presentes, essas unidades curriculares são obrigatórias, uma vez que são bem importantes na matriz curricular desses cursos.

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-> Você sabe a diferença entre bacharelado, licenciatura e curso superior de tecnologia?

Como funciona o projeto integrador?

O desenvolvimento dessas unidades curriculares depende de cada curso, é claro. Porém, o que há de comum em todas elas é esse caráter de preparação para o mercado de trabalho, além do ensino de metodologias para a elaboração de projetos. Geralmente esses projetos contemplam os conhecimentos adquiridos no curso até então, sendo quase sempre multidisciplinares. É comum que todo o processo de desenvolvimento de trabalho inclua a elaboração da escrita formal de um projeto, seguindo as normas ABNT, e relatórios sobre a sua execução.

Além disso, nas unidades que envolvem extensão, há também a seleção de clientes/público-alvo das atividades realizadas e, é claro, o acompanhamento de um ou mais professores direcionando todas as partes do processo. Outra tendência é que esses trabalhos sejam feitos em grupo, uma vez que um dos importantes aprendizados que queremos que todos tenham aqui é o trabalho em equipe.

Depois que esse projeto for executado, é possível ainda que a unidade se encerre com um relatório ou com uma rodada de apresentação dos resultados e experiências que cada grupo teve. Assim, todos podem aprender com as experiências dos colegas. 🙂

-> Cinco pontos que não podem faltar no seu projeto de pesquisa

O que fazer depois de concluído?

Tudo isso parece muito trabalho, não é? Bem, talvez as unidades de Projeto Integrador sejam realmente um tanto trabalhosas… Mas se tudo for feito com paciência e dedicação, os resultados podem ser ótimos em diversos sentidos! Ter um projeto formalizado, bem escrito e formatado dentro das normas pode te garantir publicações futuras ou até mesmo ideias para projetos maiores. Quem sabe você encontra ideias para seu Trabalho de Conclusão de Curso (se seu curso tiver, é claro) ou para uma Iniciação Científica?

Além disso, aqui no IFSC nós temos anualmente o Sepei - nosso Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação - , um evento e espaço todo especial para você e seu grupo apresentarem seus trabalhos. Outros eventos de IFs, outras instituições e revistas também podem aceitar projetos de estudantes, mesmo os de ensino médio. Afinal, um trabalho bem feito não precisa ficar esquecido e escondido, né?

-> Você sabe o que é Qualis Capes?

Como o Projeto Integrador pode fazer seu currículo brilhar?

Além de poder virar um trabalho acadêmico que você pode apresentar no Sepei e colocar no seu Currículo Lattes, em eventos do seu câmpus ou semana do seu curso e que te ensina o processo por trás desse tipo de produção, há vários outros motivos para caprichar no Projeto Integrador. E eles têm tudo a ver com a sua vida depois daqui!

Isso porque é bem comum que o resultado dessa unidade possa entrar, por exemplo, para o seu portfólio profissional. Como o foco é desenvolver atividades próximas da realidade de trabalho, você pode sair do seu curso do IFSC tendo feito trabalhos para pequenas empresas, por exemplo, o que já conta muito na hora de enviar seu currículo e portfólio para uma vaga de emprego.

-> Saiba como mandar bem no currículo e na entrevista de emprego

Por isso, nossa dica é não mirar só na nota: quando realizar um Projeto Integrador ou Atividade de Extensão, capriche em cada aspecto para fazer esse trabalho valer e cada pedacinho desse conhecimento te ajudar no futuro!

Vale inclusive coletar o feedback dos professores e colegas ao final do trabalho e dar toques especiais nele, junto ao seu grupo, para depois ter algo bem feito e elaborado para mostrar para um futuro empregador. Projetos visuais ficam muito legais em plataformas como o Behance, vídeos em boa qualidade podem ficar no YouTube ou vimeo, por exemplo. E deixe sempre as documentações dos seus projetos bem revisadas e formatadas. Independente do formato, não deixe um trabalho feito com dedicação cair no esquecimento, viu?

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Conheça alguns exemplos de projetos já feitos pelos nossos estudantes

Fizemos uma pequena busca para te mostrar resultados super legais de disciplinas de Projeto Integrador para te inspirar e dar novas ideias:

-> Este projeto do curso de graduação em Design do Câmpus Florianópolis desenvolveu móveis para um espaço infantil em uma comunidade indígena de Biguaçu

-> Aqui você pode ver vários projetos que foram feitos no primeiro semestre deste ano no curso de graduação em Engenharia de Controle e Automação, do Câmpus Chapecó

-> Uma estudante do curso técnico subsequente em Agronegócio, do Câmpus São Lourenço do Oeste, desenvolveu um projeto que resultou na implantação uma horta mandala para produzir alimentos de maneira mais sustentável

-> Os estudantes do curso técnico subsequente de Mecânica do Câmpus Chapecó registraram a apresentação dos seus trabalhos inovadores no YouTube

-> Um projeto integrador de 2022 do curso técnico integrado em Química do Câmpus Gaspar virou um artigo científico publicado em uma revista científica da Fiocruz

Esses são só alguns deles, porém se você acompanhar o IFSC nas redes sociais e nos nossos canais de divulgação, vai perceber que é bem comum nós divulgarmos alguns trabalhos como esses por lá. Quem sabe em breve não publicamos algum dos seus projetos também?!

Dúvidas sobre PI

Esperamos que esse post tenha ajudado a resolver algumas dúvidas sobre o Projeto Integrador. Mas se ainda restaram dúvidas, lembre-se que em qualquer momento da sua vida acadêmica, terá alguém aqui no IFSC para te ajudar. No caso de unidades curriculares, os professores responsáveis por ela são, é claro, os primeiros que você deve procurar. Porém, se você tem outras dúvidas sobre seu curso, matriz curricular ou outras coisas no IFSC, é só vir falar com a gente.

-> Confira o nosso Portal do Aluno
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