[Minuto da Ética] Março: A Ética dos Pequenos Gestos

VIDA DE SERVIDOR Data de Publicação: 31 mar 2025 14:08 Data de Atualização: 30 abr 2025 14:19

Gentileza
(Marisa Monte)


Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca
Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza
Por isso eu pergunto
A você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor: Palavra que liberta
Já dizia o profeta

Há um compromisso silencioso em cada tarefa bem-feita, em cada escolha que privilegia o bem comum em vez da conveniência. Um sorriso no corredor, um “por favor” bem pronunciado, um auxílio na hora em que o outro precisa. Delicadezas que reverberam e, feito sementes em terra fértil, espalham força, criam vínculos de confiança e fazem brotar um clima de trabalho saudável, onde cada um se sente respeitado. E, tal como na poesia, na ética também há ritmo e harmonia: um contínuo aprender, desaprender e refazer, sempre com a coragem de voltar ao essencial. A grandeza, no fundo, mora nas coisas pequenas. Está ali, escondida no detalhe que quase passa despercebido, mas que, sem ele, nada seria o mesmo.

No serviço público, não são apenas as grandes decisões que definem a retidão de um caminho, mas os gestos miúdos, quase imperceptíveis, que sustentam a confiança da sociedade. Nosso Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto nº 1.171/94) nos lembra que:

"A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal”.

Março chega manso, tingindo a paisagem com as cores suaves do outono. O vento sopra sem pressa, arrastando folhas no ar antes de repousar no chão. O céu, num tom entre o ouro envelhecido e a saudade do verão, se estende sobre dias que já não queimam, mas acolhem. A ética nasce assim: como quem ajeita o mundo sem alarde, no intervalo sutil entre a norma e o afeto, entre o que se tem por obrigação e o que se faz por humanidade.

Tempo de refletir a gentileza no serviço público. Parece coisa pouca, mas vai se espalhando feito brisa outonal.

E no meio desse tempo, veio também o Dia Internacional da Mulher, colorindo o 8 de março feito flor que não se curva ao vento. Lembra à gente que coragem não envelhece, que luta de mulher tem raiz funda, dessas que seguram a terra, e que cada história de força é passo firme que ninguém apaga.

Que este março, um tanto outonal, um tanto feminino, tenha nos inspirado e continue nos inspirando no dia a dia com delicadeza e coragem. Como a feminilidade que não pede licença para florescer, que a ética também seja nossa segunda natureza.

Caso tenha dúvidas ou queira compartilhar boas práticas, a Comissão de Ética do IFSC está à disposição. Estamos aqui para ajudar!

Comissão de Ética do IFSC

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